quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sobre esquecer.

Podem me achar boba, que seja. Mas eu dou realmente importância a aniversários. E saber que a Renata esqueceu me machucou sim. Até porque ela anda ditante. Falei sobre ela com o Juko um dia desses e começei a chorar desamparadamente. Liguei para ela mais tarde, e, sinceramente, não sei ainda se ela entendeu como eu estava me sentido. Se ela tivesse entendido teria posto como prioridade reafirmar que nada mudou. Que eu ainda sou uma das pessoas mais importantes da vida dela. Que ainda somos, como ela dizia, amiga-irmãs. Amigas-Dinas. Amigas de guardar pra vida toda. Se ela tivesse entendido meu desespero naquela ligação ela teria feito algo mais. E eu teria sentido que ela entendeu, eu acho. E se ela tivesse posto como prioridade ela não teria esquecido.

Sei que ela tem faculdade. Sei que ela tá atolada. Sei que ela está avoada. Mas nada disso justifica para mim. Porque se ela soubesse como era, especialmente nesse ano, importante falar com ela, ela não teria deixado passar. Ela tem estado longe demais para eu não sentir uma pontada ao ver virar meia noite e ela não ter dado sinal de vida. E a distância tem pouco ou nada a ver com os 1500km entre Rio e Goiânia. Ou será que sou só eu que tenho sentido falta da Renata?

domingo, 27 de setembro de 2009

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sobre pedidos de desculpas.

Hoje pedi desculpas ao Marcelo. Acho que sim, tenho coisas pelas quais me desculpar, e ele sabe quais são essas coisas. Sei que ele tem motivos também, possivelmente (acho que provavlemente - mas, isso pode ser só pontos de vista) mais do que eu. Não faço questão que ele as aceite. Nem que responda. Mas acredito, pelo que conheço do Marcelo, que ele fará isso.

Pedi desculpas a ele por dois motivos:

Primeiro porque eu sei que errei. E ainda que deteste pedir desculpas, é algo na qual eu deveria melhor e aprender a fazer sem me custar tanto. Depois porque eu não quero pensar que é minha culpa que alguém guarde tanto rancor assim de mim. Existem pessoas que passaram pela minha vida e hoje não fazem parte dela, mas eu não quero pensar que essas pessoas me detestem ou me acham uma pessoa despresível. Quero estar em paz com meu passado.

Eu sou feliz demais no hoje para me arrepender do ontem. Passei boa parte desses últimos meses tentando aprender a não ter medo do amanhã, mas, na real, talvez seja mais inteligente só viver o hoje, como tenho vivido, e estar em paz com o ontem.

E ainda que eu não fale assim muito dele, o Marcelo fez parte do meu passado, e eu gostaria de pensar que estamos em paz com o que isso foi, possivelmente sem guardar mágoas. Se não for possível para ele, que seja, mas eu cansei de achar que ele foi um erro. Não foi. Foi uma fase. E foi bom, bonito, e acabou. E eu hoje sou, sim, mais feliz. E eu hoje anseio pelo futuro na mesma medida que dele tenho medo. E paro num passeio para descobrir, sem sucesso, o preço do aluguel de kitnets. Não, não vou, provavelmente, tão cedo para uma. Mas é lindo pensar na minha vida quando eu for casada com o Renan. E eu quero isso sempre mais.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sobre se sentir estrangeira.

Li hoje uma crônica da minha tia sobre o assunto. Engraçado, tava precisando de um empurrãozinho pra voltar a escrever e ele me bate assim, tão de repente. Não é um assunto da qual eu nunca falo, outro dia mesmo falava com minha mãe sobre essa constante sensação de divisão. A verdade é que eu não tenho mais uma vida. Eu tenho, se muito, 3/4 da minha vida aqui. E 25% de uma pessoa é pessoa demais pra gente não dar falta.

É estranho. Por mais que eu me sinta à vontade em Goiânia, sempre vai ter aquele quê de menina metropolitana em mim que me denuncia. E nem é só o sotaque. Não é só a maneira de dizer mushquitu e pashtel. É um pouquinho da maneirade ver e sentir todo o mundo, e até nós mesmos. Apesar de que eu às vezes acho que me levo a sério demais para uma carioca de verdade. É que eu não sou mesmo mais carioca de verdade. Quando eu tou no Rio, falta um outro pedaço meu preu ser mesmo de lá. Eu não sei exatamente o que é. Não viver numa cidade faz de você um estranho nela. Faz com que você perceba coisas que os moradores não percebem mais. Um certo jeito de pensar que parece tão comum você acaba descobrindo que é só o jeito padrão de se pensar lá. As palavras. Os gestos. Até a maneira de abraçar muda.

E eu sou um et em qualquer lugar. E é estranho porque até hoje, toda vez que alguém pergunta de onde eu sou, dói discretamente um pedacinho qualquer pequenino do meu coração. E essa pergunta aparece tanto aqui quanto lá. Li hoje também que o estrangeiro sente mais falta de um tempo do que de um lugar. Talvez seja mesmo verdade. Eu sinto falta do tempo que eu não era dividida. E hoje sou um conjunto tão confuso de fragmentos que mesmo eu me perco. E aí eu cobro que os meus amigos entendam. Ou que seja lá quem for entenda como eu me sinto em relação a isso tudo. E é impossível. A gente só se aproxima mesmo do que é o outro. "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...", diria, não tão longe da minha linha de raciocínio, o Caetano. (Foi mesmo o Caetano!?). Ou Titãs, "cada um sabe a alegria a a dor que traz no coração".

Sinto saudades. Essa é a mais pura e indubitável verdade da minha vida. Eu estou sempre sentindo saudade. Eu estou sempre meio manca. Sou na verdade eternamente uma claudicante criatura.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sobre dois aniversários.



Ainda não sei o que faremos. Possivelmente uma festinha daquele tipo que todo mundo contrbui um pouco. Ou Glória. Alguma coisinha mesmo só pra não deixar a data passar em branco. Com os amigos.

Acho que é a coisa mais legal do mundo ele fazer aniversário assim, tão juntinho de mim.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sobre coisas impressionantes.



tava no blog da minha tia.
bizarro.
muito impressionante mesmo!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sobre tarefas.















Tem dias que a gente simplesmente não tá no humor certo pra fazer as coisas. A letra saí feia, a gete não tem paciência pra ficar trocando as cores. Os verbos parecem chatos e tudo, absolutamente tudo, parece fazer da tarefa mais chata. O site do conjugador de verbos que normalmente se usa saí do ar. O google tradutor sisma em traduzir pro inglês, e não pro francês.

Queria mesmo era sair com o Renan. Tomar um sorvete. Rir da vida e olhar o sorriso dele. Ou então brincar de sério. Eu tenho uma dificuldade enorme de brincar de sério. Sempre acabo rindo antes mesmo de conseguir deixar reta a minha boca. E ele sério é a coisa mais engraçadinha do mundo.


[adendo]: A única vantagens de tarefas como essas é que se pode descobrir coisas engraçadas. Eu sou do tipo que ri sozinha com essas coisas.
No futuro da terceira pessoas do singular, o verbo pouvoir, que significa poder, é pourra.
E o verbo faire, que significa fazer, é fera.

Sobre a criação avulsa.

E aí que mal e mal dou conta do blog que já tenho?
Pouco importa.
Precisava de uma coisa mais aberta, mais livre, com menos pseudônimos, com menos segredos, com mais liberdade de falar coisas ainda que elas não estivessem "prontas". Senti necessidade de poder falar besteiras, confesso. Senti necessidade de poder não ser nem profunda nem interessante. Porque nem sempre se é interessante.

E nossa. Eu tenho estado chata demais para posts inteligetes e eloquentes. As pessoas trocam 'eu' por 'mim' e eu dou aquela contorcida na cadeira. Alguém usa um termo estrangeiro e, por mais que eu faça isso também, eu já penso "metido". Alguém olha para meu short e fixa o olhar e eu tenho vontade de dizer "que foi?". Tenho me sentido ofendida com olhares fixos. Menos os do Renan. Mas é que o Renan é um caso a parte. O Renan sempre foi um caso a parte.

E é isso. Sem mais justificativas.

Esse blog é, como diz o título, avulso e desnecessário.